Santo André, 27 de março de 2015 – A ação dos fortes ventos que atingiram a região metropolitana no último verão sobre as árvores da cidade foi a principal preocupação dos moradores de Santo André durante o período. As ventanias fizeram subir em 38% as solicitações pela população de vistorias em árvores, que são realizadas pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), através Defesa Civil.
Entre 1º de dezembro e 22 de março, foram 365 ligações informando problemas com quedas de galhos ou árvores, ou pedindo análise de risco de queda. No verão 2013/2014 foram 264 solicitações do tipo. Além do Semasa, também recebem solicitação de vistoria em árvores o Departamento de Parques e Áreas Verdes e a AES Eletropaulo.
A preocupação com as árvores superou até o número de pedidos de vistorias em edificações, que costuma liderar as solicitações para a Defesa Civil durante o verão. Foram 319 chamados para checagens em edificações, seguidos de 62 para muros. A maior ventania do período foi registrada em 29 de dezembro, quando as rajadas atingiram 97,8 km/h, derrubando várias árvores.
Muita chuva, mas menos enchentes – Apesar de o verão em Santo André ter tido altos índices pluviométricos, bem acima do verificado em anos anteriores (ver tabela abaixo), a cidade não registrou desabrigados ou feridos.
“Em comparação com anos anteriores, a cidade teve melhor desempenho e resiliência diante do grande índice pluviométrico, com menor incidência de deslizamentos, muito em decorrência doPlano Municipal de Redução de Riscos (PMRR)”, explica a diretora de Defesa Civil, Débora Diogo. Com o PMRR, mais de 300 moradias foram retiradas de áreas de risco pela Prefeitura de Santo André.
E ainda, apesar de as chuvas terem sido mais intensas, o número de enchentes e alagamentos foi quase 73% inferior ao do ano passado: 15 contra 55 no período 2013/2014.
Para a Débora, o resultado só reforça a certeza de que as medidas de prevenção adotadas antes e durante o período de verão são o caminho para se evitar os danos das chuvas. No total, foram 46 vistorias preventivas em áreas vulneráveis a danos das chuvas.
Além de toda limpeza preventiva feita antes do início do verão, desde 1º de dezembro até o final de fevereiro o Departamento de Manutenção e Operação do Semasa realizou a limpeza de 18.388 bocas de lobo, capinou 640 mil m² de córregos e retirou 8.221 toneladas de resíduos de córregos, o que colaborou para evitar alagamentos.
Janeiro foi o mês mais chuvoso, com 702mm, contra 367mm de janeiro/2014. No dia 26 de janeiro, a cidade registrou sua ocorrência mais grave relacionada à chuva, com o transbordamento do córrego Guarará e a inundação do Núcleo Maurício de Medeiros. Só neste dia, em uma hora, choveu 87mm.
Assistência humanitária – Durante o período de verão, cerca de 40 pessoas – vítimas de inundação, desabamento ou incêndio – receberam assistência humanitária da Defesa Civil.
Veja as principais ocorrências registradas pela Defesa Civil no verão de 2104/2015 em comparação com 2013/2014.
Ocorrência | 2013/2014 | 2014/2015 |
Vistoria em árvore | 264 | 365 |
Vistoria edificação | 326 | 319 |
Vistoria em muro | 37 | 62 |
Deslizamento/Escorregamento/Desbarrancamento/ | 7 | 55 |
Enchente/Inundação/Alagamento | 55 | 15 |
Compare os índices pluviométricos deste verão e dos anteriores.
Índices Pluviométricos em Milímetros | ||||
Ano | Dezembro | Janeiro | Fevereiro | Março |
2015 | ———– | 702,06 | 539,7 | 470 (até dia 22) |
2014 | 603,5 | 367,2 | 164,7 | 270,3 |
2013 | 142,8 | 326,2 | 433,1 | 204,3 |
2012 | 362,1 | 317,8 | 228,2 | 140,8 |
2011 | 388,5 | 462,2 | 275,03 | 207,7 |
2010 | 266,3 | 524,3 | 304,5 | 176,6 |
2009 | 317,0 | 271,1 | 264,7 | 142,2 |
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