O Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas da USP estima que dos 12 mil poços artesianos existentes na Região Metropolitana de São Paulo, 60% deles sejam clandestinos.
Apesar da alta vazão dos aquíferos que existem em São Paulo, e que são responsáveis pelo abastecimento destes poços, os 12 mil poços existentes já estão muito concentrados em alguns locais, promovendo o surgimento de zonas de superexploração. Se faltar recarga para os aquíferos de onde essa água é captada e houver uma extração excessiva, os aquíferos paulistas (Cristalino e São Paulo) podem secar. A afirmação é do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas da USP.
O retorno desenfreado pela utilização e perfuração de poços, sem condições de potabilidade, pode ocasionar um novo problema de saúde pública. Segundo a Fundação Seade, entre 1970 e 1973, a proporção de domicílios na cidade de São Paulo supridos por água encanada era de 50% a 60%, enquanto os níveis de mortalidade infantil era de 80 a 90 por mil nascidos vivos. Após uma ampliação do sistema de água encanada o quadro mudou. Em 1985, a cobertura passou a ser de 90% e a mortalidade infantil cairia para 30 a 40 por mil nascidos vivos. Atualmente, a taxa de mortalidade infantil na cidade é de 11,48 óbitos por mil nascidos vivos.
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