Santo André, 15 de outubro de 2014 – Após a assinatura do termo de convênio com as cooperativas Coop Cidade Limpa (Cooperativa de Trabalho dos Coletores de Resíduos e Limpeza Urbana de Santo André) e Coopcicla (Cooperativa de Reciclagem de Santo André), para reciclagem de resíduos sólidos da coleta seletiva urbana de Santo André, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) realizará diagnóstico do número de catadores de recicláveis na cidade.
O estudo irá descrever, com auxílio de uma pesquisa de campo, o panorama dos catadores de Santo André, para possibilitar a atuação integrada de diversos setores da Administração Municipal na promoção de políticas públicas que busquem a qualificação do trabalho, economia solidária e organização de rede de comercialização entre os catadores organizados em cooperativas e associações, bem como os catadores individuais. Após o resultado, o objetivo é que estes catadores se integrem a uma das cooperativas existentes e/ou fomentem a criação de outras cooperativas.
“O contingente de pessoas inseridas em atividades informais, dentre as quais a de coleta de materiais recicláveis, representa expressivo percentual das atividades econômicas do país, principalmente nos centros urbanos”, afirma o superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz Jr..
De acordo com o diretor do Departamento de Resíduos Sólidos do Semasa, Edi Ferreira dos Santos, “cabe ao poder público implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos que busque a inserção dos catadores formalizados ou não no sistema de coleta seletiva realizado pelo município”.
Diagnóstico de 2006 – O último diagnóstico do tipo feito em Santo André aconteceu em 2006 e foi realizado pela Fundação Santo André e pela Rede Mercocidades. Na época, foi estimada uma população de 1.933 catadores na cidade, sendo 83% homens, 63% entre 34 e 57 anos. A maioria (78%) trabalhava como catador por causa do desemprego, morava em Santo André (82%) e havia cursado pelo menos as duas primeiras séries do ensino fundamental (87,5%). Quanto às condições de moradia, 12% eram moradores de rua e 57,4% tinham casa própria. Apenas 46,7% declaravam ter companheiro e 65% afirmavam não ter filhos. Com relação ao material coletado, a maioria (73,2%) coletava papel, papelão, plásticos e metais.
Galpões – A partir de 2015, as duas cooperativas que assinam o convênio com o Semasa hoje poderão trabalhar nos novos galpões dentro do Aterro Sanitário. O Semasa está investindo cerca de R$ 980 mil nos novos espaços, garantindo infraestrutura adequada para o trabalho dos cooperados. Os galpões terão esteiras elevadas, prensas, balanças, empilhadeiras e carrinhos para transporte de resíduos recicláveis. Estas melhorias permitirão assegurar a eficiência do trabalho, com aumento de renda e da qualidade de vida dos cooperados.
No início de 2013, as duas cooperativas triavam juntas 2,5% de material reciclável recolhido em Santo André. No final do mesmo ano este percentual saltou para 5% e, em 2014, chegou a 8%. A meta é alcançar 20% nos próximos anos, ampliando significativamente os benefícios socioambientais para Santo André.
Campanha – A autarquia também lançará, em breve, uma nova campanha de sensibilização da população em relação à importância de separar os resíduos recicláveis e destiná-los corretamente à coleta seletiva do município.
O Semasa é pioneiro na coleta seletiva, com a implantação do serviço em 1997, e vem ao longo dos anos promovendo a destinação ambientalmente correta dos materiais recicláveis propiciando o seu retorno à cadeia produtiva e evitando o aterramento, o que aumenta a vida útil do aterro sanitário, melhora a qualidade de vida da população e gera trabalho e renda às cooperativas.
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