Santo André, 05 de dezembro de 2013 – Pelo menos 25% do lixo que vai para o Aterro Sanitário de Santo André todos os dias poderia ser reciclado. São cerca de 162,5 toneladas de material que poderiam ser reaproveitadas na cadeia de consumo diariamente. Se isso ocorresse, o aterro andreense poderia ter sua vida útil ampliada em no mínimo 2 anos. Atualmente, Santo André gera 650 toneladas de lixo por dia e a vida útil do aterro municipal está estimada em oito anos.
O total que poderia não seguir para o aterro corresponde ao lixo coletado em uma cidade de 162 mil habitantes, por exemplo. É como se o material descartado por toda população de São Caetano do Sul, mais o produzido por cerca de um terço dos moradores de Rio Grande da Serra, ambas no ABC, fosse para o aterro andreense.
Este é um dos resultados do estudo gravimétrico, encomendado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), para saber o que há no lixo orgânico coletado na cidade. A análise faz um raio-x minucioso no lixo comum recolhido ao aterro de Santo André e, para o município, significa um instrumento para nortear as ações do Semasa em relação à gestão dos resíduos sólidos. O último estudo gravimétrico de Santo André havia sido realizado em 2008.
Segundo o estudo, apenas 50,81% do material descartado corresponde a lixo orgânico (alimentos e produtos sanitários). O restante (49,19%) mistura o lixo seco a outros materiais, como tecido, madeira, entulho e resíduos tecnológicos, que poderiam ter um descarte diferenciado pela população.
O índice é menor do que em 2008, quando o aterro de Santo André recebia 56,25% de lixo orgânico. A constatação pode demonstrar uma redução na mobilização da população para separar o lixo seco. Santo André tem coleta porta a porta de lixo seco, destinado à reciclagem, há 15 anos.
Na mistura de matéria orgânica, o principal material encontrado é o plástico (15,26%), ou quase 99 toneladas diárias. A boa notícia é que houve uma queda da sua presença no lixo úmido em comparação com 2008 (18,57%).
O segundo material mais encontrado com o lixo comum é o papelão (7,13%), seguido pelo tecido e roupas em geral (6,20%).
Pela primeira vez, o Semasa separou as fraldas do material orgânico. Produto composto basicamente por plástico, as fraldas correspondem hoje a 4,97% do lixo levado ao Aterro Sanitário de Santo André, ou cerca de 32 toneladas por dia.
RAIO-X DO LIXO EM SANTO ANDRÉ EM TRÊS MOMENTOS | |||
Principais materiais encontrados | |||
MATERIAL/ANO | 2006 | 2008 | 2013 |
Matéria orgânica* | 49,9 | 56,25 | 50,81 |
SECOS | |||
Plásticos | 31,47 | 18,57 | 15,26 |
Papelão | 2,58% | 4,13 | 7,13 |
Tecido | 3,82 | 4,26 | 6,2 |
Papel branco | 4,97 | 8,55 | 1,89 |
Alumínio | 0,46 | 0,41 | 1,21 |
Tetrapack | 1,18 | 1,5 | 1,2 |
Vidro | 0,47 | 1,07 | 1,15 |
Borracha | 0,13 | 0,66 | 0,93 |
Madeira processada | 0,13 | 0,76 | 0,78 |
Metal | 0,58 | 1,05 | 0,51 |
Isopor | 0,27 | 0,45 | 0,35 |
Madeira natural | 0,71 | 0,13 | 0,09 |
VERMELHO – Aumento de incidência | |||
AZUL – Redução de incidência | |||
* fraldas foram contabilizadas à parte pela primeira vez em 2013 e representam 4,97% do lixo coletado. Antes, elas eram contabilizadas junto com a matéria orgânica. |
Números da coleta do lixo úmido em Santo André
0,96 kg/hab/dia
650 toneladas/dia
162,5 toneladas/dia poderiam ser reaproveitadas
50,81% orgânico
49,19% não orgânico
8 anos – vida útil estimada do aterro municipal
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