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Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein

Hospital da Mulher participa de ações sobre aleitamento materno no Agosto Dourado de Santo André

Mês de conscientização sobre o tema terá treinamentos e simpósio

No arco-íris dos meses voltados para a conscientização de assuntos relacionados à Saúde, nesta quinta-feira (1º) teve início o Agosto Dourado, dedicado ao debate sobre a importância do aleitamento materno.
 
E por que dourado? Porque a qualidade do leite materno é considerada padrão ouro, garantindo nutrientes para que a criança se desenvolva, agindo inclusive na prevenção de doenças crônicas entre diversos outros benefícios – saudável e, inclusive, sustentável.
 
Entre 1º e 7 de agosto acontece a Semana Mundial de Aleitamento Materno, criada pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) em 1992, somente dois anos depois do início de debates, campanhas e simpósios promovidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e Unicef sobre o assunto.
 
No Brasil, a Lei Federal nº 13.435/2017 instituiu agosto como o Mês do Aleitamento Materno, determinando que durante o período devem ser intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre sua importância. 
 
Em 2024, a campanha terá o tema “Reduzindo a Lacuna: Apoio à Amamentação para Todos”, aplicando um olhar diferenciado para pessoas com maior dificuldade e/ou vulnerabilidade, eliminando as desigualdades neste campo. Sejam elas estrangeiras, deficientes, transgêneras, mães e pais adotivos e outros públicos que também merecem acolhimento sem qualquer diferença.

Hospital da Mulher
 
Em Santo André, o Hospital da Mulher promove trabalho contínuo, durante todo o ano, com as mães que ganham bebê no equipamento, oferecendo todo apoio e dando as instruções necessárias com relação à importância do leite materno e da amamentação. E, durante este Agosto Dourado, o equipamento dará ênfase aos treinamentos voltados para profissionais da saúde, bem como ações voltadas para o tema da campanha deste ano, que trata da inclusão.
 
Aliás, o equipamento andreense segue à risca os dez passos para o sucesso do aleitamento materno: ter política de aleitamento que seja rotineiramente transmitida para toda a equipe de cuidados da saúde; capacitar a equipe para implantar essa política; informar as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento; promover o contato pele a pele entre bebê e mãe logo após o nascimento, oferecendo ajuda se necessário; mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se separadas dos filhos; não oferecer aos recém-nascidos alimentos ou bebidas que não sejam o leite materno, a não ser que haja indicação médica; praticar alojamento conjunto 24 horas por dia; incentivar o aleitamento livre demanda; não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas; e promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.
 
O desfecho do Agosto Dourado em Santo André terá um evento no dia 30, com a realização do III Simpósio de Aleitamento Materno da Atenção Primária à Saúde, com a expectativa de 250 profissionais da rede de saúde de Santo André, na Faculdade Anhanguera da Vila Assunção, com diferentes temas sobre o assunto em discussão.
 
Como doar leite materno?

Para ser doadora, a mulher precisa ser lactante, ter leite em excesso, não fazer uso de medicamentos incompatíveis, não ingerir bebidas alcoólicas e drogas, não fumar, não ter realizado transfusão sanguínea ou tatuagem nos últimos 12 meses. Caso esteja apta, deve entrar em contato com o Banco de Leite do Hospital da Mulher pelo telefone (11) 4478-5048 ou pelo email: blh@hospitaldamulher.org.br. 
 
Será realizado um cadastro e uma entrevista para saber das condições da doadora e, em caso de aprovação, ela passa por exames (um profissional vai até a casa da interessada para efetuar a sorologia), recebe kit para coletar o leite (com vidros esterelizados, etiqueta, máscara e touca) e adentra no roteiro de coleta.
 
As retiradas acontecem semanalmente, entre segunda e quarta-feira, na própria residência da lactante, por um veículo do hospital. O procedimento não contempla apenas Santo André, mas também as cidades vizinhas (Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo, São Caetano e São Paulo – parcialmente nestas três últimas). Aquelas que preferirem, podem levar os frascos diretamente ao Hospital da Mulher.
 
O leite coletado passa por processo de pasteurização e é encaminhado para o Banco de Leite, que atualmente conta com 44 doadoras. Em julho, foram coletados 58 litros, enquanto o volume distribuído na unidade neonatal foi de 67 litros, beneficiando 32 bebês. Hoje, dos oito recém-nascidos internados na UTI do Hospital da Mulher, sete fazem uso do leite humano pasteurizado.
 
Comunicação Hospitalar da Mulher de Santo André
Maria José dos Santos Stein
Coordenação: Gustavo Baena
Foto: Alex Cavanha/PSA